quinta-feira, 19 de março de 2009

Cisne

Divergimos em tantas coisas,
Mas isso confere graça à clave
Destoamos na assiduidade
Encontramos a frequência.
Mas nada perdemos com isso
Sou noite, você dia
Sei contemplar os cisnes dos mansos lagos...
Enquanto você se perde e se encontra em números
Seus cabelos ainda são negros,
Enquanto os meus mostram rastros da experiência
Meus olhos não têm mais aquela vivacidade dos de um corcel,
Lembram apenas os de um cão
Mas os seus são pérolas negras refletindo o brilho do espelho d´água
Posso estar envergando um capote, ou enrolado numa capa;
Mas mesmo que não haja, verei uma lira nos seus braços.
Eis-me em rápidos traços, em edição revista, mas nem por isso melhorada.
Todo me dou aqui, sem temor algum, e sei que, ao mirar as águas da lagoa, ou o vidro dos seus olhos, vou continuar a te querer mais e mais...
Não buscamos a beleza efêmera
Somos dois verbos que se tocam, e isso, liberto do aparente verniz retórico, já é um poema inteiro de ternura.
E é assim, só assim, que posso te amar
Dessa forma, atraído pelo ser que é, em tudo
O exato oposto de mim...

Lila e Ed

4 comentários:

  1. Que coisa mais linda Lila...

    Adorei seu novo espaço!!!

    Beijinhos pra vc!

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  2. Oi Fabi, ainda estou apanhando desse aqui. Espero que em breve consiga dominar os recursos... Beijinhos também e obrigada.

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  3. LINDO POEMA LILA ACHO QUE VOU TE ACOMPANHAR, COMO LI EM SEU COMENTÁRIO, EU TAMBÉM ESTOU APANHANDO NO MEU BLOG, POIS ANTES POR MEDO DE ME EXPOR AO RIDICULO ESCREVIA EM UM CADERNO ATÉ QUE MEU LINDO AMIGO ME ENSINOU ESSE CAMINHO. ESTOU COMEÇANDO ENTÃO COMEÇAREMOS JUNTAS.
    ABRAÇOS
    LI

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  4. Oi Li, seja bem vinda...
    Eu escrevo assim, sem compromisso. Não sou uma escritora, apenas arrisco em colocar aqui o que penso, vivo, imagino. Você fala do 'ridículo'. Não se preocupe com isso, há espaço para todos, e, o que parecer ridículo a um, pode ser maravilhoso a outro.
    Beijinhos
    Lila

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