
Deixando escorrer pela sua mão
O líquido carmim
É a memória do não e do sim
Do sim fantasiado de não
E a sedução é só isso
É o convite sem pretensão explícita
É malvadeza da alma
Que transforma em algoz
O verbo que ousamos conjugar
Não cuido eu do que peço
Pois que tenho sido simples de sonhos
E a felicidade não sendo o destino
Mas o simples caminho, me diz:
Não preciso de muito para ser feliz
E o brinde levantado, quando ainda se está sóbrio
É só um copo tremulando no ar
Não traduzindo o que se pensa de fato
Pois os olhares e todos os gestos
Dirão no silêncio: - Não preciso falar
Lila
Este texto foi escrito em 27/05/2009, às 23:00hrs, sob provocação do meu amigo Roberto