segunda-feira, 11 de maio de 2009

Louca

Meu órgão vermelho
Representante do amor
Anda descompassado
Complacente
Nada resiliente
Doente
Não tenho horários
Prazos ou medidas
Mas sonhos que são mutantes
Não conjugo o verbo ter
Do materialismo
E prefiro a vida
Marginal
Meu cão me diz bom dia
Respondo au au
E que digam
Que eu me perdi
Enlouqueci
E te dei um poema
Quando já não mais
Valia a pena
Que sobre meu dedo
Indicador da mão direita
Existe um hematoma
Que eu não me lembro
De onde veio
E que sou eu a pedra
Do meu próprio caminho
E que busco as cores
Da aquarela do louco
Para pintar com elas
O meu destino.


Lila

Um comentário:

  1. Querida amiga Lila,

    "As cores da aquarela do louco..." É somente a alma de uma poeta de tamanha grandeza e luz feito vc que pode ser capaz de encontra-las... Tais cores! Tão lindas e tão emocionantes! Magnífico! Adorei com todo o meu coração!!!

    Salve todos os corações mutantes que fazem de suas mutações, poesia!

    Luz e paz!

    Com carinho enorme e profundo,
    Seu fã e amigo, Whesley

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