
Pois que sou a Lua de Eva na tez da Musa
e o Sol de Adão na definição do Poeta.
Na manhã existe um riso no meu riso e na tarde,
adormeço sob árvores fora do chão.
E, quando a noite se aconchega, uma lira se subjuga a mim
num eterno encanto que não se quebrará jamais.
E quando, um dia, alguém unido a mim por um laço de amor
vindo das mãos de uma criança,
loura como os anjos que me visitam – me decifrar...
Então já não serei mais eu –
pois haverei de ter perdido a essência que me tornou uma espécie marginal.
Sinto que posso ser o Ser que une metades perdidas –
o nó e o elo.
A ofensa e o perdão.
E assim, permanecerei estática
e absurdamente operante,
até que a profecia se cumpra.
Pois sou o reflexo do amor em sua plenitude
E, esse outro Ser – a minha outra metade,
que ousará me definir
com o mais completo e satisfatório jogo de verbos,
não mais me encontrará a mim – que ainda nada sou,
mas terá encontrado a si mesmo.
E, dentro desse poço que tem sido o acumulado dos nossos dias, seremos então um só –
um terceiro Ser Perfeito que não mais caberá aqui...
Será livre e voará em espaço aberto,
Gotejando luz.
Lila
Oi Lila,
ResponderExcluirPoema saboroso... Profundo e instigante, mas, muito sincero e com um teor de verdade imenso... Muito me tocou..
Abraços e gotas de luz no seu ser!
Com apreço sempre,
Whesley Fagliari - Amigo da Sofia
Obrigada Whesley,
ResponderExcluirEsse poema foi inspirado no seu que comentei.
E Sofia também é um anjo louro, ainda criança, que mora no seio da minha família.
Uma doce coincidência...
Oi Lila,
ResponderExcluirQue lindo saber que alguns versos modestos que escrevi te inspiraram e o resultado foi um texto tão lindo quanto este... Muito me emocionou...
Ah, que lindo (ainda mais) saber que há uma linda e doce Sofia iluminando sua vida... Beijos pra ela...
Com carinho sincero,
Whesley